Bom dia!
No Olá Enfermeira de hoje, vou quebrar o máximo de barreiras possíveis sobre uma doença que assusta milhares de pessoas e mata milhares de cães no Brasil. A Leishmaniose.
O grande problema da Leishmaniose estar matando nossos cães se chama IGNORÂNCIA, que associada com o COMODISMO e a falta de AMOR E RESPEITO PELO ANIMAL, tem gerado um verdadeiro Genocídio.
Antes de Prosseguir, quero deixar bem claro. NÃO SOU MÉDICA VETERINÁRIA! Sou Enfermeira Veterinária e tudo o que eu postar aqui, qualquer pessoa encontra LIVREMENTE nas paginas de busca se optar por fazer a pesquisa.
Imagem: Campanha O cão Não é o Vilão |
SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL
A Leishmaniose Visceral afeta animais e humanos e é considerada uma das principais zoonoses mundiais, com casos notificados em 88 países, distribuídos em quatro continentes.
A falta de um política pública adequada e eficaz tem como resultado a morte de milhares de cães e a disseminação da doença entre as pessoas, por todo o país.
Muitos desses animais são mortos apenas por terem a suspeita da doença.
HISTÓRICO
- Por Dr. Vitor Márcio Ribeiro, PhDA Leishmaniose Visceral Humana (LVH) é classicamente provocada por duas espécies de Leishmania: L. infantum e L. donovani.A L. donovani é responsável por mais de 67% dos casos de LVH ocorridos no mundo e está presente em países asiáticos e africanos, como Índia, Bangladesh, Nepal, Etiópia, Kênia e Sudão. Já a L. infantum ocorre no continente europeu, norte da África e América do Sul, notadamente no Brasil.A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 500.000 novos casos anuais dessa doença ocorram no mundo, sendo que o Brasil apresenta entre 3.000 a 4.000 mil novos casos por ano.A L. donovani é conhecida por provocar grave e mortífera doença em seres humanos e não é registrada em animais, sendo, portanto, considerada antroponoze.Porém, a L. infantum, apesar de não ser considerada tão patogênica quanto a L. donovani, é responsabilizada por 7 a 10% de mortalidade das pessoas acometidas e tem, em outras espécies animais, reservatórios para infecção dos vetores flebotomíneos.Os animais conhecidos como reservatórios mais importantes no ambiente urbano são os cães, que manifestam a leishmaniose visceral canina (LVC), também chamada de Calazar canino. No ambiente silvestre, são relacionados os canídeos, embora a infecção já tenha sido reconhecida em gatos, gambás, roedores, entre outros.O próprio homem também já foi demonstrado como reservatório capaz de infectar os vetores.Para Ler esse Texto na íntegra Clique Aqui
DEFINIÇÃO E TRANSMISSÃO
A Leishmaniose Visceral, também conhecida em muitas regiões como Calazar, é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários flagelados do Gênero Leishmania.A transmissão e a infecção dependem principalmente de um vetor (condutor), no caso, um mosquito e de um hospedeiro vertebrado, que funciona como um reservatório da doença.Os insetos são pequenos, medem de 1 a 3 mm de comprimento, conhecidos popularmente por mosquito palha, apresentam o corpo coberto de pelos, e uma coloração castanho claro ou cor de palha.São facilmente reconhecidos pelo seu comportamento, ao voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas. Adaptados a diversos ambientes, desenvolvem-se em locais terrestres úmidos, ricos de matéria orgânica e com baixa incidência luminosa. Com hábitos crepusculares, somente a fêmea alimenta-se de sangue para maturação dos ovos.Os principais reservatórios envolvidos na transmissão da doença são: caninos, felinos, homem, roedores, edentados, marsupiais, procionídeos e primatas.Para Ler esse Texto na íntegra Clique AquiPREVENÇÃO
Para evitar a disseminação dos focos da doença no país e a consequente contaminação dos animais, é fundamental que os proprietários adotem atitudes preventivas.
Proteção para o cãoExistem várias formas de prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, como a vacinação e uso de repelentes específicos contra a flebótomo (“mosquito-palha”).- 1) Vacinas: disponíveis no mercado brasileiro desde 2004 (nomes comerciais: Leishmune e Leishtec).
Iniciar a vacinação em cães a partir dos 4 meses de idade, saudáveis e previamente testados para Leishmaniose Visceral Canina. O protocolo completo é de 3 (três) doses, com intervalo de 21 dias entre cada aplicação.
Revacinação Anual: A revacinação deve ser feita 1 (um) ano após a primeira dose – repetida anualmente – bastando 1 (uma) dose de vacina para manter o animal imune.Considerações:- • É obrigatório fazer exame sorológico antes da vacinação, para detectar os cães previamente infectados.
- • O cão só é considerado protegido 21 dias após a terceira dose de vacina. Até que se cumpra esse período (63 dias após primeira dose) o animal poderá contrair a doença, portanto outras medidas de prevenção (vide mais abaixo) devem ser adotadas até o esquema vacinal estar completo.Prevenção no ambiente – Medidas Adicionais:- Mantenha o animal dentro de casa ao entardecer (entre 18:00 e 06:00 hrs).Não leve o cão para áreas endêmicas (cidades onde a doença já existe). Coloque telas nas janelas e no canil, espalhe vasos de citronela pelo quintal.- Limpe seu quintal. Recolha folhas, flores e frutos caídos, e as fezes dos animais; feche bem o seu lixo. Incentive todos os vizinhos a fazerem o mesmo.- Denuncie e combata o desmatamento de áreas verdes em seu município. Esse é um dos fatores que contribui para a proliferação dos mosquitos nas áreas urbanas.- Exija que sua prefeitura execute o programa de controle do mosquito transmissor. Isso inclui recolhimento das folhas, controle da exposição de matéria orgânica (lixões, aterros sanitários, granjas e terrenos baldios) e detetização das casas.Para Ler esse Texto na íntegra Clique Aqui
TRATAMENTO
O tratamento da leishmaniose canina vem sendo realizado no mundo inteiro desde 1960, como forma terapêutica e preventiva da doença, com implicações diretas na redução da prevalência humana.
Na Europa, especificamente na França, Itália, Espanha, e Portugal, existem drogas leishmanicidas específicas para o tratamento canino (Glucantime®- Merial; Milteforan®- Virbac).No Brasil, há mais de 50 anos as autoridades de saúde praticam a eliminação de cães positivos, apoiados em um decreto de 1963 (Decreto 51.858). O crescimento da doença comprova a ineficácia dessa questionável política.Diversas pesquisas no Mundo e no Brasil demonstram que o animal, tratado e controlado, não é infectante, não oferecendo risco à Saúde Pública.A LVC é uma doença tratável, apresentando cura clínica (desaparecimento de sinais clínicos), mas, raramente, a cura parasitológica (o parasita permanece no organismo do animal/ser humano). Este fato não é preocupante nem incomum, já que em doenças causadas por protozoários – como são as Leishmanioses – a Doença de Chagas e a Toxoplasmose não existe a eliminação completa do parasita no cão ou no ser humano.O homem e o cão podem viver normalmente, mas devem fazer acompanhamento periódico para que a doença não volte a se manifestar.No Brasil, estudos demonstram que o tratamento de cães portadores do parasito com a vacina Leishmune® tem apresentado bons resultados. A vacina Leishmune® usada em dupla concentração associada à quimioterapia com alopurinol ou anfotericina b, reduziu os sinais clínicos e a evidencia do parasito, modulando a evolução da infecção e o potencial de infecciosidade para flebótomos.A causa da morte na leishmaniose visceral humana e canina é a lesão renal ou do fígado, por isso a importância do acompanhamento pelo médico veterinário que fará exames periódicos no animal (a cada 3 – 4 meses).O cão portador da LVC fará acompanhamento contínuo. Caso ele venha a apresentar exame sorológico negativo, o veterinário deverá avaliar se continuará ou não a medicação; porém o monitoramento através de exames deve ser feito a cada 6 – 12 meses como forma de evitar recidivas da doença.De qualquer forma, TODOS os cães – infectados ou não – devem usar repelentes para evitar as picadas do mosquito-palha por toda vida.Ufa! Postagem Enorme não é Mesmo? Mas extremamente importante!Agora que você sabe o que é Leishmaniose, QUE EXISTE TRATAMENTO além da prevenção, vai continuar com o pensamento ASSASSINO de querer eutanasiar seu MELHOR AMIGO?Existe uma Campanha sendo divulgada em massa por ONGS de proteção animal, afim de conscientizar a população para que exija do Ministério da Saúde uma mudança na forma como eles vêem ERRONEAMENTE tratando a Leishmaniose O CÃO NÃO É O VILÃO!Participe Também! Assine a Petição, espalhe a notícia. Previna-se! PROTEJA-SE!NÃO PERMITA QUE SEU MELHOR AMIGO SEJA MORTO INOCENTEMENTE!Caso Queria participar da Campanha Clique Aqui ou acesse: www.ocaonaoeovilao.org.brMeu maior orgulho e prazer é dizer que eu tirei do corredor da morte meu melhor amigo. Mr. Pocho é Soropositivo da doença e eu o resgatei no momento certo. Não suportaria saber que meu melhor amigo foi morto por culpa de um mosquito. Ele esta sob tratamento e nunca apresentou sintomas da doença. É um Cão SAUDÁVEL e FELIZ! Isso é que importa!Nada é mais gratificante que dar vida a alguém, salvar a vida de alguém!AbraçosSuzan Afonso
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