terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bom dia!

No Olá Enfermeira de hoje, vou quebrar o máximo de barreiras possíveis sobre uma doença que assusta milhares de pessoas e mata milhares de cães no Brasil. A Leishmaniose.
O grande problema da Leishmaniose estar matando nossos cães se chama IGNORÂNCIA, que associada com o COMODISMO e a falta de AMOR E RESPEITO PELO ANIMAL, tem gerado um verdadeiro Genocídio. 

Antes de Prosseguir, quero deixar bem claro.  NÃO SOU MÉDICA VETERINÁRIA! Sou Enfermeira Veterinária e tudo o que eu postar aqui, qualquer pessoa encontra LIVREMENTE nas paginas de busca se optar por fazer a pesquisa.

Imagem: Campanha O cão Não é o Vilão


SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL



A Leishmaniose Visceral afeta animais e humanos e é considerada uma das principais zoonoses mundiais, com casos notificados em 88 países, distribuídos em quatro continentes.
A falta de um política pública adequada e eficaz tem como resultado a morte de milhares de cães e a disseminação da doença entre as pessoas, por todo o país.
Muitos desses animais são mortos apenas por terem a suspeita da doença.





HISTÓRICO
  • Por Dr. Vitor Márcio Ribeiro, PhD
    A Leishmaniose Visceral Humana (LVH) é classicamente provocada por duas espécies de Leishmania: L. infantum e L. donovani.
    A L. donovani é responsável por mais de 67% dos casos de LVH ocorridos no mundo e está presente em países asiáticos e africanos, como Índia, Bangladesh, Nepal, Etiópia, Kênia e Sudão. Já a L. infantum ocorre no continente europeu, norte da África e América do Sul, notadamente no Brasil.
    A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 500.000 novos casos anuais dessa doença ocorram no mundo, sendo que o Brasil apresenta entre 3.000 a 4.000 mil novos casos por ano.
    A L. donovani é conhecida por provocar grave e mortífera doença em seres humanos e não é registrada em animais, sendo, portanto, considerada antroponoze.
    Porém, a L. infantum, apesar de não ser considerada tão patogênica quanto a L. donovani, é responsabilizada por 7 a 10% de mortalidade das pessoas acometidas e tem, em outras espécies animais, reservatórios para infecção dos vetores flebotomíneos.
    Os animais conhecidos como reservatórios mais importantes no ambiente urbano são os cães, que manifestam a leishmaniose visceral canina (LVC), também chamada de Calazar canino. No ambiente silvestre, são relacionados os canídeos, embora a infecção já tenha sido reconhecida em gatos, gambás, roedores, entre outros.
    O próprio homem também já foi demonstrado como reservatório capaz de infectar os vetores.
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    DEFINIÇÃO E TRANSMISSÃO

    • Por Dr. Fábio Nogueira  

      A Leishmaniose Visceral, também conhecida em muitas regiões como Calazar, é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários flagelados do Gênero Leishmania.
      A transmissão e a infecção dependem principalmente de um vetor (condutor), no caso, um mosquito e de um hospedeiro vertebrado, que funciona como um reservatório da doença.
      Os insetos são pequenos, medem de 1 a 3 mm de comprimento, conhecidos popularmente por mosquito palha, apresentam o corpo coberto de pelos, e uma coloração castanho claro ou cor de palha.
      São facilmente reconhecidos pelo seu comportamento, ao voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas. Adaptados a diversos ambientes, desenvolvem-se em locais terrestres úmidos, ricos de matéria orgânica e com baixa incidência luminosa. Com hábitos crepusculares, somente a fêmea alimenta-se de sangue para maturação dos ovos.  
      Os principais reservatórios envolvidos na transmissão da doença são: caninos, felinos, homem, roedores, edentados, marsupiais, procionídeos e primatas.
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      • PREVENÇÃO

        Para evitar a disseminação dos focos da doença no país e a consequente contaminação dos animais, é fundamental que os proprietários adotem atitudes preventivas.
        Proteção para o cão
        Existem várias formas de prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, como a vacinação e uso de repelentes específicos contra a flebótomo (“mosquito-palha”).
        1. 1) Vacinas: disponíveis no mercado brasileiro desde 2004 (nomes comerciais: Leishmune e Leishtec).
        Iniciar a vacinação em cães a partir dos 4 meses de idade, saudáveis e previamente testados para Leishmaniose Visceral Canina. O protocolo completo é de 3 (três) doses, com intervalo de 21 dias entre cada aplicação.
        Revacinação Anual: A revacinação deve ser feita 1 (um) ano após a primeira dose – repetida anualmente – bastando 1 (uma) dose de vacina para manter o animal imune.
        Considerações:
        1. • É obrigatório fazer exame sorológico antes da vacinação, para detectar os cães previamente infectados.
        2. • O cão só é considerado protegido 21 dias após a terceira dose de vacina. Até que se cumpra esse período (63 dias após primeira dose) o animal poderá contrair a doença, portanto outras medidas de prevenção (vide mais abaixo) devem ser adotadas até o esquema vacinal estar completo.

          Prevenção no ambiente – Medidas Adicionais:
          - Mantenha o animal dentro de casa ao entardecer (entre 18:00 e 06:00 hrs).Não leve o cão para áreas endêmicas (cidades onde a doença já existe). Coloque telas nas janelas e no canil, espalhe vasos de citronela pelo quintal.
          - Limpe seu quintal. Recolha folhas, flores e frutos caídos, e as fezes dos animais; feche bem o seu lixo. Incentive todos os vizinhos a fazerem o mesmo.
          - Denuncie e combata o desmatamento de áreas verdes em seu município. Esse é um dos fatores que contribui para a proliferação dos mosquitos nas áreas urbanas.
          - Exija que sua prefeitura execute o programa de controle do mosquito transmissor. Isso inclui recolhimento das folhas, controle da exposição de matéria orgânica (lixões, aterros sanitários, granjas e terrenos baldios) e detetização das casas.
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          • TRATAMENTO


            O tratamento da leishmaniose canina vem sendo realizado no mundo inteiro desde 1960, como forma terapêutica e preventiva da doença, com implicações diretas na redução da prevalência humana.
            Na Europa, especificamente na França, Itália, Espanha, e Portugal, existem drogas leishmanicidas específicas para o tratamento canino (Glucantime®- Merial; Milteforan®- Virbac).
            No Brasil, há mais de 50 anos as autoridades de saúde praticam a eliminação de cães positivos, apoiados em um decreto de 1963 (Decreto 51.858). O crescimento da doença comprova a ineficácia dessa questionável política.
            Diversas pesquisas no Mundo e no Brasil demonstram que o animal, tratado e controlado, não é infectante, não oferecendo risco à Saúde Pública.
            A LVC é uma doença tratável, apresentando cura clínica (desaparecimento de sinais clínicos), mas, raramente, a cura parasitológica (o parasita permanece no organismo do animal/ser humano). Este fato não é preocupante nem incomum, já que em doenças causadas por protozoários – como são as Leishmanioses – a Doença de Chagas e a Toxoplasmose não existe a eliminação completa do parasita no cão ou no ser humano.
            O homem e o cão podem viver normalmente, mas devem fazer acompanhamento periódico para que a doença não volte a se manifestar.
            No Brasil, estudos demonstram que o tratamento de cães portadores do parasito com a vacina Leishmune® tem apresentado bons resultados. A vacina Leishmune® usada em dupla concentração associada à quimioterapia com alopurinol ou anfotericina b, reduziu os sinais clínicos e a evidencia do parasito, modulando a evolução da infecção e o potencial de infecciosidade para flebótomos.
            A causa da morte na leishmaniose visceral humana e canina é a lesão renal ou do fígado, por isso a importância do acompanhamento pelo médico veterinário que fará exames periódicos no animal (a cada 3 – 4 meses).
            O cão portador da LVC fará acompanhamento contínuo. Caso ele venha a apresentar exame sorológico negativo, o veterinário deverá avaliar se continuará ou não a medicação; porém o monitoramento através de exames deve ser feito a cada 6 – 12 meses como forma de evitar recidivas da doença.
            De qualquer forma, TODOS os cães – infectados ou não – devem usar repelentes para evitar as picadas do mosquito-palha por toda vida.








            Ufa! Postagem Enorme não é Mesmo? Mas extremamente importante!
            Agora que você sabe o que é Leishmaniose, QUE EXISTE TRATAMENTO além da prevenção, vai continuar com o pensamento ASSASSINO de querer eutanasiar seu MELHOR AMIGO?
            Existe uma Campanha sendo divulgada em massa por ONGS de proteção animal, afim de conscientizar a população para que exija do Ministério da Saúde uma mudança na forma como eles vêem ERRONEAMENTE tratando a Leishmaniose O CÃO NÃO É O VILÃO!
            Participe Também! Assine a Petição, espalhe a notícia. Previna-se! PROTEJA-SE!
            NÃO PERMITA QUE SEU MELHOR AMIGO SEJA MORTO INOCENTEMENTE!
            Caso Queria participar da Campanha  Clique Aqui ou acesse: www.ocaonaoeovilao.org.br
            Meu maior orgulho e prazer é dizer que eu tirei do corredor da morte meu melhor amigo. Mr. Pocho é Soropositivo da doença e eu o resgatei no momento certo. Não suportaria saber que meu melhor amigo foi morto por culpa de um mosquito.  Ele esta sob tratamento e nunca apresentou sintomas da doença. É um Cão SAUDÁVEL e FELIZ! Isso é que importa! 
            Nada é mais gratificante que dar vida a alguém, salvar a vida de alguém! 

            Abraços

            Suzan Afonso

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